O farfalhar dos “Uirapurecos” do Elisa Maria é intenso como eles... um misto de emoções indescritíveis! A vivacidade e sagacidade chegou por ali e criou raízes! Assim também foi com o Uirapuru no colo destes pequenos, da comunidade próxima à Brasilândia, zona norte de São Paulo. Ele acontece por lá, todas as quintas-feiras à tarde, em uma sala que nos fora concedida pela Associação Sócio Cultural Madre Teresa de Jesus, sediada no mesmo bairro. Este grupo nos tem sido uma grata surpresa, um grande desafio e um surpreendente aprendizado a cada capítulo vivenciado.... Um livro que estamos escrevendo juntos, cujos personagens nos impressiona com suas gêneses ricas e substanciais, seus casos, talentos, encontros e desencontros, ensinamentos, características singulares e por vezes até excêntricas. Coisas que a maturidade precoce, de uma vida repleta de adversidades, trouxe aos pequenos gênios desta localidade, mesmo que nem se apercebam disso. É intrínseco, espontâneo, arrebatador! Sorvem de canudinho tudo o que lhes oferecemos, mesmo que por vezes, achemos que a aula acabou e que o copo ainda está cheio, tamanha intensidade sonora que nubla nossa visão dificultando enxergar o fundo do copo... O “coro” ali realmente compete de perto com o canto do nosso pássaro Uirapuru. Mas aí quando o dia termina, já querem saber o que vem no outro, no outro e no outro...E nós? Já com saudades esperando chegar a quinta-feira para revê-los... E então, quando chega a próxima quinta você é surpreendida com um pássaro Uirapuru feito a mão pela Flávia de 7 anos, que o fez de presente para você.... Ou ganha os resíduos reciclados com cuidado, pela família inteira da pequena Ashley de 7 anos, que os motivara a fazê-lo durante toda a semana para serem trazidos e entregues no dia do Uirapuru, que precisou da ajuda da vovó (pois o saco era maior do que ela). E fez isso para ajudar no nosso cenário da peça, ou, simplesmente por que conforme ela disse: “Reciclar é preciso! ” E os incríveis desenhos produzidos por eles na oficina de desenho da última quinta? Alguém pode duvidar que o final desta história será no mínimo... feliz? Amor que não se mede...
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